sábado, 19 de abril de 2014

DIFERENÇA ENTRE SURDOCEGUEIRA E DMU E SUAS SEMELHANÇAS NAS ESTRATEGIAS DE ENSINO

A surdocegueira é uma deficiência única em que o indivíduo apresenta ao mesmo tempo perda da visão e da audição, enquanto que Deficiência Múltipla é quando uma pessoa apresenta mais de uma deficiência.
Considera-se surdocego a pessoa que apresenta estas duas limitações, independente do grau das perdas auditiva e visual. A surdocegueira pode ser congênita ou adquirida e não é deficiência múltipla. Segundo Mclnnes (1999) citado no fascículo 05 da coleção A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar, as pessoas surdocegas estão divididas em quatro categorias:
1-    Aquelas que eram cegas e se tornaram surdas;
2-    As que eram surdas e se tornaram cegas;
3-    Aquelas que se tornaram surdocegos;
4-    Aquelas que nasceram ou adquiriram surdocegueira precocemente, ou seja, não tiveram oportunidade de desenvolver linguagem.
Considera-se deficiência múltipla a pessoa que apresenta mais de uma deficiência, “é uma condição heterogênea que identifica diferentes grupos de pessoas, revelando associações diversas que afetam, mais ou menos intensamente, o funcionamento individual e o relacionamento social” (fascículo DMU). As pessoas com deficiência múltipla apresentam características específicas, individuais, singulares e não apresentam necessariamente os mesmos tipos de deficiência, podem apresentar cegueira e deficiência mental; deficiência auditiva e deficiência mental; deficiência auditiva e autismo e outros.
Para a aquisição da aprendizagem, a princípio, todos os recursos de comunicação precisam ser adaptados à especificidade das pessoas Surdocegas e com DMU sensorial. No caso do surdocego, o sentido do tato é a via mais promissora no desenvolvimento da linguagem, da comunicação receptiva e expressiva, já com palavras ou língua de sinais apresenta maior dificuldade. Podem-se utilizar vários recursos na comunicação tanto para a surdocegueira como para a DMU, entre os quais: gestos, símbolos tangíveis; leitura tátil das vibrações produzidas durante a emissão verbal (Tadoma); sistema Braillee; alfabeto dactilológico; objetos de referências para atividades e situações da vida diária e aprendizagem; calendários de antecipação / comunicação / tempo / apoio emocional; escrita ampliada; recursos da comunicação alternativa e aumentativa; sistemas pictográfico de comunicação. Ambas as deficiências requer estratégias planejadas sistemáticas, em um ambiente reativo de respostas as iniciativas de comunicação pré-simbólica ou simbólica desses indivíduos, desenvolvendo as atividades dentro de um contexto de aprendizagem construtivo – ecológico - responsivo para o estabelecimento de uma comunicação.

REFERÊNCIAS:
BOSCO, Ismênia C.M.G; MESQUITA, Sandra R.S.H; MAIA, Shirley R. Coletânea UFC-MEC/2010: A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar – Fascículo 05: Surdocegueira e Deficiência Múltipla.
GIACOMINI, Lilia et all. Coletânea UFC-MEC/2010: A Educação na Perspectiva da Inclusão Escolar – Fascículo 07: Orientação e Mobilidade.

Um comentário:

  1. Ém grande desafio, trabalhar com DMU, nos leva a pesquisar mesmo, e vc fez uma excelente colocação.

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